Avaliação da cirurgia citorredutora associada à quimioterapia intraperitoneal em centros oncológicos de Belo Horizonte
Data
2019-07-05
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Editor
Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais
Resumo
Introdução: A quimioterapia intraperitoneal (QTI) é uma opção terapêutica, com objetivo de cura, para pacientes cuidadosamente selecionados com doença peritoneal na forma de carcinomatose peritoneal (CP) avançada. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar o uso da QTI, em um ambiente real, e avaliar o perfil dos pacientes e os resultados. MÉTODO: Estudo retrospectivo descritivo realizado por meio de análise de prontuários de pacientes submetidos à quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) ou quimioterapia intraperitoneal pós-operatória precoce (EPIC). Os pacientes elegíveis apresentaram escores de performance status, ECOG (Eastern Cooperative Oncology Group) de 0 ou 1 e eram portadores de metástase peritoneal. Resultados: Vinte e seis pacientes, com 72% do sexo feminino, com média de idade de 55,19 ± 11,21 foram incluídos. Câncer de ovário (50%), pseudomixoma peritoneal (34,6%) e câncer colorretal (15,3%) foram os tumores primários mais comuns. Os indivíduos do grupo HIPEC apresentaram melhor escore ECOG em comparação ao grupo EPIC (76,2% vs. 20%). Em 92,3% dos casos, a quimioterapia intraperitoneal foi indicada como terapia de resgate para tumores recidivados; em 57,6% dos casos, foi realizado após uma segunda recidiva. Pacientes com pseudomixoma peritoneal (7,6%) receberam HIPEC como terapia primária após cirurgia citorredutora. Apenas indivíduos com câncer de ovário realizaram EPIC (19,2% dos pacientes incluídos), todos após uma segunda recorrência. Não houve diferença no tempo livre de progressão de doença, considerando os tratamentos HIPEC ou EPIC. Conclusão: Embora complexa, a peritonectomia combinada com a QTI pode ser realizada em centros de referência com níveis aceitáveis de morbidade e mortalidade.
Abstract
Introduction: Intraperitoneal chemotherapy (IPC) is a highly complex process of drug delivering with curative intent to carefully selected patients with advanced peritoneal carcinomatosis (PC). Objective: This study aimed to evaluate the use of IPC, in a real-life setting, and assess the patient’s profile and outcomes. Method: A retrospective descriptive study was performed through the analysis of medical charts of patients hyperthermic intraperitoneal chemotherapy (HIPEC) or early postoperative intraperitoneal chemotherapy. Eligible patients presented ECOG performance status scores of 0 or 1 and peritoneal metastasis. Results: Twenty-six patients, with 72% of females, and the mean age of 55.19±11.21 were included. Ovarian cancer (50%), pseudomyxoma peritonei (34.6%), and colorectal cancer (15.3%) were the most common primary tumors. The individuals in the HIPEC group presented better ECOG score compared to the EPIC group (76.2% vs. 20%). In 92.3% of the cases, IPC was indicated as rescue therapy for relapsed tumors; in 57.6% of the cases, it was delivered after a second recurrence. Patients with pseudomyxoma peritonei (7.6%) received HIPEC as primary therapy after cytoreductive surgery. Only subjects with ovarian cancer receiver EPIC (19.2% of the included patients), all after a second recurrenThere was no difference in time to progression, considering HIPEC or EPIC treatments. Conclusion: Although complex, peritonectomy combined with IPC can be performed in referral centers with acceptable levels of morbidity and mortality
Descrição
Palavras-chave
Quimioterapia intraperitoneal, Quimioterapia intraperitoneal hipertermica, Quimioterapia intraperitoneal pós-operatória precoce, Carcinomatose peritoneal; Intraperitoneal chemotherapy, Hyperthermic intraperitoneal chemotherapy, Early postoperative intraperitoneal Chemotherapy; Peritoneal carcinomatosis.