Avaliação da qualidade de vida e analgesia de pacientes com tumores sólidos e em uso de opióides

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Data

2019-05-17

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Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais

Resumo

Introdução: O uso de analgésicos opioides continua sendo a principal terapia para o controle álgico de pacientes com dor no câncer; porém persistem amplas evidências de que o seu tratamento ainda seja inadequado. Dados sobre este dilema e o seu impacto na vida dos pacientes ainda são escassos em nossa população. Objetivo: Avaliar o impacto do uso de opioides na analgesia e na qualidade de vida de pacientes acometidos de tumores sólidos. Material e Métodos: Este estudo, analítico e trans versal, foi realizado entre janeiro e dezembro de 2017, em uma unidade terciária de referência para tratamento oncológico. A dor, a depressão e a qualidade de vida foram avaliados por meio de instrumentos validados que incluíram o Pain Management In dex (PMI), European Organization for Research and Treatment of Cancer-Core 30 (EORTEC QLQ.C30), Beck Depression Inventory (BDI), Karnofsky Performance Sta tus (KPS), Douleur Neuropathique 4 (DN4), Brief Pain Inventory-Short Form (BPI-SF). Resultados: Foram estudados 100 pacientes com tumores sólidos avançados e em uso de opioides. 82% deles relatavam dor diária sendo 58% intensa. 57% usavam morfina com dose média de 49 Miligramas Equivalentes de Morfina (MEM) e o PMI era negativo em 34% da amostra. A dor neuropática (DN) foi encontrada em 72% e o BDI foi maior que 12 em 90% dos pacientes. A dor foi relacionada a todas as variáveis do BPI, interferindo de forma mais significativa no sono, humor, atividade geral, traba lho e prazer de viver. Conclusão: Apesar do impacto negativo substancial da dor na QV, não foi encontrada nenhuma consistência interna entre os fatores clínicos estu dados com a própria QV. Essa lacuna pode ser interpretada devido a persistência de altos índices de subtratamento, depressão e dor neuropática, associada ao uso de baixas doses de opioides e fármacos adjuvantes na amostra

Abstract

Introduction: Use of opioid analgesics remains being the main therapy for pain control in cancer patients. However, ample evidence persists showing that treatment is still inadequate. Data on this dilemma and its impact on patients' lives are still scarce in our population. Objective: To evaluate the impact of opioid use on analgesia and qual ity of life of patients with solid tumors. Material and Methods: This cross-sectional, analytical study was carried out between January and December 2017 in a Tertiary Referral Unit for Cancer Treatment. The pain, depression and quality of life were eval uated through validated instruments that included the Pain Management Index (PMI), European Organization for Research and Treatment of Cancer-Core 30 (EORTEC QLQ.C30), Beck Depression Inventory (BDI), Karnofsky Performance Status (KPS), Douleur Neuropathique 4 (DN4), Brief Pain Inventory-Short Form (BPI-SF). Results: 100 patients with advanced solid tumors and making use of opioids were studied. 82% of them reported daily pain being 58% with intense pain. 57% were making use of morphine with a mean dose of 49 Morphine Milligram Equivalent (MME) and PMI was negative in 34% of sample. Neuropathic pain (NP) was found in 72% and BDI was greater than 12 in 90% of patients. The pain was related to all BPI variables, mood, general activity, work and pleasure of living. Conclusion: Despite the substantial neg ative impact of pain on QOL, no international consistency was found among the clinical factors studied with QOL itself. This gap can be interpreted due to persistence of high levels of subtreatment, depression and neuropathic pain, associated with the use of low doses of opiates and adjuvant drugs in the sample

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Palavras-chave

Dor do câncer, Dor neuropática, Avaliação, Depressão, Opioides, Qualidade-de-Vida; Cancer-related pain, Neuropathic pain, Evaluation; Depression, Opioids, Quality-of-Life.

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